O Guia Não Definitivo

Gabriela Augusto

Gabriela Augusto é Diretora Fundadora da Transcendemos Consultoria.

GND PODCAST # 9

Diversidade na prática

20 de Abril | 20 min

“O Brasil é o país da diversidade”. Você provavelmente já ouviu ou reproduziu esse clichê por aí. Isso pode até ser verdade quando olhamos para as nossas origens étnicas, quando classificamos a nossa população, ou quando interagimos com a imensidão de culturas de uma ponta à outra do país.

Mas, quando colocamos o foco nas organizações e aproximamos dos cargos de gestão e liderança, essa diversidade que temos como povo parece encolher, e a visão que se tem é bem mais homogênia do que imaginamos.

Para falar um pouco de como criar uma cultura de diversidade nas organizações, convidamos a Gabriela Augusto, a Diretora Fundadora da Transcedemos Consultoria. Durante a conversa, foram dadas várias dicas de ações práticas para incluir novos perfis e furar bolhas existentes. 

Como sempre, o episódio está disponível nos principais agregadores e no player aqui embaixo! Também pode conferir um breve resumo da conversa nesse artigo.

O papel da liderança

Para Gabriela, o papel da liderança para uma maior inclusão e diversidade nos ambientes de trabalho se divide em três pontos:

1) Ter um posicionamento – os gestores e gestoras precisam se posicionar abertamente e demonstrar que a diversidade é uma prioridade da equipe.

2) Reconhecer e aprender com os erros – na mudança, é normal que erros sejam cometidos e com transparência e humildade é possível utilizar esses aprendizados para o crescimento de todos.

3) Ter consciência dos próprios viezes – Estamos todos inseridos em uma sociedade com valores muito enraizados, e acabamos por reproduzir comportamentos baseados nesses valores excludentes. Para ultrapassar preconceitos criados por esses valores, primeiro temos que identificá-los.

O papel da organização

Não existe um padrão ou uma cartilha que as organizações devem seguir para gerar diversidade internamente pois os contextos são sempre diferentes.

Até mesmo organizações que se enxergam ‘evoluídas’ em questões de inclusão, muitas vezes reproduzem padrões excludentes de forma mais sutil e velada, ou seja, é uma questão transversal e estrutural que deve ser trabalhada continuamente.

O primeiro passo para qualquer organização seria se questionar: “O que está sendo feito para criar diversidade e inclusão?”. Com a resposta a essa pergunta é possível saber o ponto de partida para promover ações afirmativas, e não esperar que uma cultura inclusiva vá surgir de forma expontânea.

Como furar a bolha

  • Quebre o estereótipo de que não existem profissionais qualificados nos grupos com menos oportunidades. Eles não só existem, como formam um grupo heterogêneo com uma infinidade de perfis e competências.
  • No caso de candidatos participantes de processos seletivos que têm o perfil da vaga, mas que necessitam de uma maior formação em alguma competência técnica, invista nessa pessoa, além da contribuição social, a organização só tem a ganhar em termos de engajamento dos profissionais como na qualidade da entrega.
  • Peça ajuda! Se não está conseguindo encontrar ou atrair uma maior diversidade de perfis, já existem empresas e iniciativas que fazem a ponte entre pessoas e empresas que querem ampliar a diversidade das suas equipes.

O conteúdo recomendado pela Gabriela, para quem quer se aprofundar no tema, foi esse estudo da McKinsey, de 2020: Diversity Matters – América Latina.

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